Nota Técnica: Vendas do varejo aprofundam a queda

De acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE, a qual consulta estabelecimentos que tenham, no mínimo, 20 pessoas ocupadas, em maio, o volume de vendas do varejo restrito brasileiro recuou 1,0% em relação ao mês de abril, na série com ajuste sazonal. Comparativamente ao mesmo mês de 2015, a queda apurada foi de 9,0%. Com esses resultados, a variação acumulada em 2016 é de -7,3%, e em 12 meses, -6,5%.

No Rio Grande do Sul, o varejo restrito registrou acréscimo de 0,8% frente ao mês de abril, na série sazonalmente ajustada. Em relação ao mês de maio de 2015, houve diminuição de 9,4%, com retração acumulada de 6,6% em 2016 e de 7,2% em 12 meses. Com os dados divulgados hoje, o comércio varejista restrito volta a registrar o pior resultado já verificado na Pesquisa Mensal de Comércio quando analisada a variação acumulada em 12 meses, seja no estado ou no país.

Quanto ao Varejo Ampliado, que inclui as atividades de Material de construção e Veículos, motos, partes e peças, na comparação interanual, foi verificado decréscimo de 10,2% no Brasil, enquanto no RS a redução apurada foi de 11,0%. Em 2016, há diminuição de 9,5% no BR e de 11,8% no RS. No acumulado em 12 meses, tanto o Varejo Ampliado brasileiro quanto o gaúcho registraram queda, de 9,7% e 14,1%, respectivamente.

Em termos desagregados, para o varejo restrito gaúcho, na comparação com maio de 2015, o desempenho negativo foi disseminado em sete das oito atividades contempladas na pesquisa. Nesse sentido, os segmentos com as variações negativas mais intensas foram: Equipamentos e materiais para escritório, informática e a comunicação (-26,8%), Tecidos, vestuário e calçados (-18,1%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-16,6%). A única atividade com acréscimo no volume de vendas para essa base de comparação foi a de Artigos farmacêuticos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,9%). Por fim, no Varejo Ampliado, houve diminuição de 18,1% em Veículos, motos, partes e peças, e de 4,4% para Materiais de Construção.

Apesar da elevação pontual observada nos dados ajustados sazonalmente do Rio Grande Sul, o quadro geral registrado no varejo em maio foi bastante ruim. As taxas de redução das vendas, na comparação com o ano passado, voltaram a se aprofundar, contrariando a ideia de que as vendas do comércio haviam batido no fundo do poço, principalmente quando se excluem da análise as vendas de veículos e materiais de construção. O aumento do desemprego, redução da renda real, restrições de crédito e pessimismo dos consumidores seguem pesando sobre o desempenho do setor.


Publicado 12/07/2016

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